Apesar de viverem consideravelmente menos do que nós, ainda é possível dar mais longevidade e qualidade de vida para os seus pets
Só quem tem sabe: os pets são como parte da família, compartilham o mesmo espaço, momentos e felicidade conosco.
No entanto, por mais incríveis que esses bichinhos sejam, infelizmente, eles vivem muito menos do que nós.
Essa pode ser uma realidade difícil, especialmente quando criamos laços tão próximos com esses companheiros.
Mas, ainda que seja um processo inevitável – assim como é para nós – existem variáveis que podem ser controladas a favor de uma maior expectativa e qualidade de vida do seu animal.
Felizmente, vemos que, cada dia que passa, os donos de pet começam a dar mais importância para a saúde e bem-estar de seus animais.
Prova disso é um mercado de R$ 20 bilhões envolvendo produtos e serviços para cães e gatos, e um crescimento de 13% na área da saúde pet somente em 2019.
Outro cenário que provocou um aumento ainda maior desse setor foi a pandemia. O gasto dos brasileiros com produtos e serviços para seus animais de estimação cresceu quase 10% no ano passado, em relação a 2019.
Um fator que possivelmente possa explicar isso é o tempo que se passa a mais em casa, na companhia deles, fazendo com que os donos prestem mais atenção às suas necessidades e bem-estar.
A boa notícia é que, ainda que a tecnologia, o mercado e os gastos com os animais tenham sua importância na preservação da saúde deles, também existem formas mais “tradicionais” de manter seu amigo saudável e, consequentemente, fazê-lo viver mais e melhor. Confira abaixo algumas dicas de como fazer isso.
1 - Controle o peso do seu pet
Aqui, falando especialmente de cães e gatos, é extremamente importante ficar atento ao peso do animal.
Você já sabe que o sobrepeso e a obesidade estão relacionados a uma série de doenças crônicas e à redução da expectativa de vida, em seres humanos.
Com os animais, não é diferente.
Problemas cardíacos, câncer, problemas nas articulações e outras doenças também acometem os bichos e, muitas vezes, são elas as responsáveis por fazer com que o pet não viva mais tempo.
Além disso, alguns estudos já são capazes de mostrar uma associação entre redução calórica da dieta, níveis mais baixos de insulina e maior expectativa de vida em cães.
No caso, estamos falando de um estudo britânico, que mostrou que cachorros alimentados com uma dieta com restrição de 25% em calorias viveram cerca de 2 anos a mais do que os alimentados sem qualquer controle sobre a quantidade que comiam. Além disso, eles também tinham menos doenças nas articulações à medida que envelheciam.
Logo, apesar de parecer “fofo”, a obesidade e sobrepeso nesses animais traz sérias consequências e deve ser evitada a todo custo, a fim de preservar a qualidade de vida e aumentar a longevidade do seu bichinho.
2 - Exercícios diários
Calma, você não vai precisar matricular seu animalzinho em uma academia – apesar de já existirem espaços desse tipo.
Mas, mais uma vez, temos semelhanças de hábitos saudáveis entre bípedes e quadrúpedes.
Um pouco de atividade física diária ajudará a manter o seu pet com o peso adequado (quando combinado a uma alimentação balanceada), o que é um dos fatores mais importantes para aumentar a expectativa de vida dele.
Fazer uma caminhada rápida algumas vezes ao dia é, na maioria das vezes, suficiente para trazer benefícios à saúde do seu animal. A estimulação mental durante os exercícios também é importante para evitar que o pet desenvolva perda de memória na velhice. E, no caso dos cães, pode até prevenir o desenvolvimento de Disfunção Cognitiva Canina (demência canina).
Ainda falando dos cães, especialmente, devemos lembrar que, assim como nós, eles têm uma origem primitiva em que era necessário se manter altamente ativo durante todo o dia.
Portanto, sua estrutura e organismo foram adaptados ao longo do tempo baseado nesse cenário, para que ele tivesse mais saúde através dos exercícios.
Quando tiramos as atividades físicas da vida dos cães, eles podem desenvolver doenças tanto físicas como mentais, como ansiedade e depressão.
3 - Cuide da saúde dental dos animais
Os nossos animais não escovam os dentes como nós, mas isso não significa que eles estão isentos de possíveis problemas de saúde por conta da má higiene bucal.
Justamente por passarem tanto tempo sem uma limpeza adequada nos dentes, é muito comum que se desenvolvam doenças periodontais por conta de bactérias acumuladas (tártaro), podendo se tornar uma gengivite, que tem o potencial de afetar os tecidos da gengiva, causando perda óssea, infecções generalizadas e até mesmo problemas cardíacos.
A higiene bucal de cães e gatos é um dos problemas mais negligenciados por donos de pets e, por isso, pode ser considerada um dos principais fatores que contribuem para a redução da expectativa e qualidade de vida dos animais.
Tornando-se um problema crônico, as doenças periodontais podem fazer com que os pets diminuam sua capacidade de se alimentar corretamente (pela perda de dentes, dor ao mastigar etc.) e tenham infecções generalizadas, que partem para órgãos vitais, como o coração, por exemplo.
Para evitar esses problemas, é importante visitar o médico veterinário regularmente, com o intuito de não deixar essas doenças bucais surgirem ou evoluírem.
Escovar os dentes do seu pet regularmente também é uma boa maneira de impedir a criação de tártaro e o desenvolvimento de doenças periodontais.
E, por falar em médico veterinário, é claro que essa é a nossa última e, senão, a mais importante dica de todas: leve seu pet ao veterinário regularmente.
Esse é o único e melhor jeito de descobrir como realmente anda a saúde do seu pet e o que pode ser feito para melhorá-la.
Gostou da matéria acima? Então, não esqueça de nos seguir no Facebook, para conferir mais conteúdos como esse e outras novidades.