Doenças silenciosas: saiba como se prevenir

Doenças silenciosas: saiba como se prevenir

Muitas vezes, os sintomas de uma doença só se manifestam quando o problema de saúde está muito avançado; entenda

Infelizmente, conforme o tempo passa, ficamos mais suscetíveis a vários problemas de saúde. 

Diabetes, hipertensão, colesterol alto e doenças degenerativas como mal de Alzheimer e Parkinson, podem afetar diretamente a qualidade de vida e até mesmo causar uma morte prematura.

Porém, o que deixamos de nos lembrar é que esses males poucas vezes são causados apenas pela idade em si, mas sim pelo acúmulo de hábitos nocivos à saúde ao longo dos anos.

E não estamos falando apenas de bebidas alcoólicas e cigarros – substâncias que estão associadas a mais de 60 problemas de saúde, agudos e crônicos –, mas de hábitos que, a princípio, podem parecer inofensivos e fazer parte do seu dia a dia.

Para se prevenir contra essas doenças silenciosas, que se desenvolvem sem manifestar qualquer sintoma ao longo dos anos, é preciso primeiro identificar seus potenciais causadores e, então, tomar medidas para que você diminua drasticamente o risco de tê-las no futuro.

Doenças degenerativas: é possível evitá-las? 

Muito se fala em genética e hereditariedade de doenças, como se fosse algo ao qual estamos fadados a enfrentar no futuro. Mas, felizmente, as coisas não funcionam assim.

É verdade que a herança genética pode facilitar o surgimento de alguns problemas de saúde, mas isso não significa uma sentença.

Causas multifatoriais e ambientais participam de forma mais ativa na prevenção e surgimento de doenças, como no caso do próprio Alzheimer, em que menos de 1% dos casos podem ser relacionados à hereditariedade. 

Assim, fica claro que, por mais importante que uma cura para o problema seja necessária e muito bem-vinda, é ainda mais fácil – e possível – intervir antes do seu aparecimento. 

Na verdade, essa é a única forma eficiente de tratar praticamente todas as doenças crônicas e silenciosas. 

Porém, sabemos que muito se fala em prevenção e bons hábitos, mas o que de fato são eles e de que forma contribuem para a manutenção da saúde?

Quanto mais usado, melhor o funcionamento

Bem, ainda sobre as doenças degenerativas que afetam o cérebro, podemos dizer que as prevenções para elas estão diretamente ligadas a atividades que estimulem esse órgão vital.

Devemos pensar no cérebro como qualquer outra parte do corpo que requer atenção e estímulos que o mantenham forte e capaz de realizar as tarefas que precisamos.

É o que mostra um estudo europeu que relacionou pessoas bilíngues a um atraso de até cinco anos no surgimento do mal de Alzheimer. 

Nele, foi concluído que as pessoas que dominam dois idiomas apresentam mais conectividade entre diferentes áreas do cérebro, que impulsionam neurônios e demais impulsos nervosos a realizarem novas sinapses (conexões entre si), fazendo com que sejam renovadas e constantemente estimuladas – o que acaba sendo uma tarefa a mais para o cérebro.

Na verdade, todo esse trabalho extra é muito bom. Devemos pensar no corpo humano como o contrário de uma máquina convencional, que quanto mais estimularmos, melhor será o seu funcionamento.

Mas não se preocupe. Não é apenas a troca entre dois idiomas que estimula o nosso cérebro.

Basicamente, qualquer atividade que realize um esforço de cognição, como leitura, jogos como quebra-cabeças e até mesmo as palavras-cruzadas são uma excelente forma de manter o cérebro em dia.

Além do cérebro

As doenças silenciosas não afetam apenas o cérebro, e também são muito comuns casos de hipertensão, colesterol alto, osteoporose e até mesmo câncer com o avanço da idade.

Para combatê-las antes de se agravarem, é preciso seguir uma receita básica e já muito difundida: exercícios físicos, alimentação adequada e check-ups anuais.

Sabemos que você já deve estar cansado de ver essa fórmula, mas a verdade é que, mesmo seguindo apenas a atividade física, o resultado pode ser mais eficiente que alguns medicamentos para o tratamento dessas doenças mencionadas.

É o que diz o cardiologista Charles Stefani, em entrevista ao portal GauchaZH: 

"Em casos como colesterol alto, obesidade e pré-diabetes ou diabetes, além da hipertensão (de maneira mais discreta), exercitar-se adequadamente tem efeito semelhante ao tratamento de alguns medicamentos, se não superior. Sem falar no seu efeito de proteção para o corpo."

Isso mostra que, diferentemente dos medicamentos, que servem apenas para atenuar e controlar problemas de saúde existentes (é bom frisar que remédios, em sua maioria, controlam problemas e não os curam), os exercícios físicos podem atuar de maneira dupla: na prevenção e, então sim, no combate às doenças silenciosas.

Nick Cavill, médico britânico, sintetiza isso de uma forma muito adequada: "Se o exercício fosse uma pílula, seria um dos medicamentos mais econômicos e valiosos já inventados". 

Ainda, uma forma de potencializar os exercícios físicos, é trabalhar em conjunto uma boa alimentação.

O problema é que, quando falamos de comer bem, as pessoas imaginam apenas saladas e refeições que basicamente são legumes e vegetais. E que seguir esse tipo de "dieta" é muito difícil, fazendo que com desistam logo nos primeiros dias. 

Mas uma dieta equilibrada e boa para saúde não precisa ser à base de saladas e também pode ser muito saborosa!

O Ministério da Saúde nos dá dez exemplos de como mudar os hábitos alimentares para uma vida mais saudável:

  1. Fazer de alimentos in natura, ou minimamente processados, a base da sua alimentação;
  2. Utilizar óleos, gorduras, sal e açúcar em pequenas quantidades ao temperar e cozinhar alimentos e criar preparações culinárias;
  3. Limitar o consumo de alimentos processados;
  4. Evitar o consumo de alimentos ultraprocessados;
  5. Comer com regularidade e atenção, em ambientes apropriados e, sempre que possível, com companhia;
  6. Fazer compras em locais que ofertem variedade de alimentos in natura ou minimamente processados;
  7. Desenvolver, exercitar e partilhar habilidades culinárias;
  8. Planejar o uso do tempo para dar à alimentação o espaço que ela merece;
  9. Dar preferência, quando fora de casa, a locais que sirvam refeições feitas na hora;
  10. Ser crítico quanto a informações, orientações e mensagens sobre alimentação veiculadas em propagandas comerciais.

Por último, devemos salientar a importância de realizar exames de rotina, anualmente, para acompanhar importantes marcadores de saúde que podem prevenir o surgimento de doenças silenciosas.Gostou do conteúdo acima e quer mais dicas sobre saúde e bem-estar? Então, não deixe de acompanhar o nosso blog e nossas novidades no Facebook.


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